quarta-feira, 24 de julho de 2013

Tristeza.

Tristeza. Tristeza por todos os lados formando um vasto e invisível oceano que afoga todos os resquícios de alegria que ousam chegar perto de minha mente. Quem sou eu? O que sou eu? Não posso afirmar. Não posso afirmar se me conheço nesse globo de imperfeição e melancolia producente de um sulco negro que me tornei. O que fui? Perdeu espaço há um longo tempo neste corpo por uma enorme mancha escura e sem nome. Tornei-me sem identidade. Vazio por fora e por dentro. Um interior tão frio e seco que a evidência mínima de um sentimento que revela-se por lá corta-me as paredes com feridas dúbias. E essa grossa, negra e anonima mancha que apodera-se de meu interior possui uma baixa e pesada voz em que compartilha seus mórbidos pensamentos comigo, mim mesmo e mais ninguém. Minha mancha e eu. Acumulando histórias a serem cuspidas pela tão esperada visita da morte sob nosso frio e duro corpo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário