quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Tortura.

Sorrir e chorar sem na verdade o fazê-lo. Particularmente, não sei mais sentir, e não sei se isso é algo bom. Quando sou devastada por emoções, não são emoções gostosas de se ter. Angústia, raiva e sensações deploráveis me afogam quando meu corpo decide avisar que ainda sente. Como se eu fizesse parte de um jogo sádico e masoquista em que meu próprio corpo é o ditador. Me sinto fraca. Não tenho forças para me manter em pé ou sentir prazer. Meus olhos se afundam mais a cada pensamento de que talvez, bem talvez, eu poderia viver de verdade. Minha própria mente pessimista espanca a ideia de que eu talvez, bem talvez, poderia procurar ajuda e sorrir com todos os dentes sempre que ela insiste em visitar meus pensamentos. Nenhuma pessoa a minha volta conseguiria me transmitir uma sensação tão terrível torturando-me como meu próprio eu me tortura. Mas está tudo bem porque eu continuarei assim, forçada por mim mesma a seguir nessa linha reta e espinhosa em que o final de seu destino é o suicídio. Dando continuidade a essa convivência melancólica de mim, com quem mais temo. Eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário